segunda-feira, 3 de maio de 2010

O começo do fim

Hoje queria estar na palma da tua mão, segura.
Queria sentir um abraço apertado como aquele que me davas, mas eu sei que não era sentido, nem era só meu.
Eu via, mas não queria ver, enganava-me a mim própria na falsa esperança que pudesses mudar, mas deixei-te escapar por entre os dedos, deixei-te ir, ou fui eu que me fui embora.
Maio nunca mais vai ser como era, eu nunca mais vou ser o que fui, não depois de ti.
Ainda hoje, estando longe, permaneces perto, lembro-me de ti, e sinto a nostalgia com que me deixaste...Maio nunca mais vai voltar...as saídas à noite, a estrada morna, as mentiras que eu inventava por ti, as dormidas na minha casa ou na da Diana, as noites mal dormidas e os teus olhos verdes. Nostalgia e saudade, só compreendo este último conceito porque sou portuguesa, que me dera não o ser para a deixar de sentir.
Volta Maio, com as tuas tardes quentes e a estrada morna, volta com o sabor do sal e a praia deserta. Volta para trás!

Sem comentários:

Enviar um comentário