sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Before and After




Extreme makeover?!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Há coisas que eu gostava de perceber

Há coisas que eu não percebo e as campanhas de solidariedade que se fazem na altura do Natal são uma delas. Custa-me a compreender porquê que só são feitas apenas nesta altura.
Será que as crianças, os idosos, os sem-abrigo, os desempregados, os inválidos (e a minha lista podia continuar), só precisam de ajuda nesta altura?
Será que só precisam de uma refeição quente em Dezembro? Será que só passam frio e dormem na rua nesta altura do ano? E as crianças? Só sentem falta de alguém agora? Ou será que choram todos os dias por alguém que lhes dê carinho? Já para não falar dos idosos que estão 365 dias por ano sozinhos, sem ninguém que os vá visitar, a relembrar com melancolia memórias felizes, distantes que há muito ficaram para trás. Uma casa cheia, um Natal com a família. Estão agora sozinhos, abandonados e esquecidos nos hospitais, em instituições, nos lares de idosos. E nós todos, estúpidos e egoístas que somos, só nos lembramos e só os ajudamos no Natal. E é quando os ajudamos...muitas vezes fazemos porque apenas nos convém, no entanto se tal exigisse um esforço da nossa parte, pensávamos duas vezes, metíamos o rabinho entre as pernas e mandávamos a nossa Boa Vontade ir dar uma volta! Porque entre comprar os sapatos ou o casaco ou até mesmo o mais recente jogo de computador ou ajudar uma pessoa que precisa MESMO é uma escolha difícil para qualquer um!!! Diria até quase impossível! Na verdade todos somos uns grandessíssimos egoístas e hipócritas que só abrimos os olhos no Natal. No resto do ano essas pessoas e as suas necessidades devem estar escondidas em algum lado porque não as conseguimos ver!!

Feliz Natal!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hoje fui ver o mar. Estava mau tempo, frio e cinzento e muita humidade no ar.
Detesto quando o tempo está assim, húmido e triste. Quando o vi parecia revoltado, mas ao longe os raios de sol trespassavam as nuvens numa cor dourada e quente.
Queria-me sentar e ficar ali um bocado, depois pensei duas vezes e vi que era melhor não porque as pedras estavam molhadas devido à chuva que tinha caído de manhã, talvez fosse má ideia se me sentasse. Então fiquei de pé, a olhar. Fazia algum tempo desde a última vez que o tinha visto. Quebrava contra as rochas e dividia-se numa chuva de gotas, mas o pior era o barulho que fazia, gritava como se estivesse zangado. Não me cheirava a nada, o que me incomodou um bocado. Nada de cheiro a maresia porque eu estou constipada, o que me deixou com uma sensação estranha. Eu ali ao pé daquele mar imenso, sozinha, e nada. Apenas o barulho e o vento a bater-me na cara, mais nada.
Mesmo diante daquele nada imenso, senti-me bem, em casa. Afoguei as saudades, mas sei que elas vão voltar em breve. Mas naquele momento ri-me e pensei "Como é bom estar em casa!"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Quero ir para casa, até depois.

Queria ver o mar da minha janela. Sentir o cheiro e o ar da maresia. Lisboa aborrece-me. Todos os dias são iguais. Uma rotina aborrecida.
Gostava de poder abrir a janela de manhã e sentir-me em casa, mas estou longe.
Não consigo ouvir o mar ou ir a correr para a praia descalça deixando as minhas preocupações para depois. Em Lisboa trago-as sempre cinzentas e pesadas comigo. Tudo passa por cumprir o meu dever, em nome de uma vida melhor, será que é realmente melhor? Há tanto tempo que não me deito no cais, na pedra morna, aquecida pelo sol, a vê-lo desaparecer lá longe no mar, até cair a noite e ficar ali, meia adormecida numa dormência preguiçosa. Não ter de pensar em nada. Ficar ali, apenas. Um corpo presente, um nada cheio de sonhos que ficam para depois. Quero ir para casa, até breve.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quando o passado volta ao presente

Por vezes, pensamos que tudo aquilo que deixámos no passado ficou na mesma. Mas não. As coisas mudam, as pessoas evoluem, crescem e tornam-se, pelo menos aparentemente/superficialmente diferentes.
Tudo isso devido às experiências que vivem, à cultura que os rodeia e ao contacto com pessoas novas. É tudo isso que nos (des)constrói. Mas, será que por detrás de tanta mudança ainda existe a mesma essência? Ou mais que não seja apenas uma réstia dessa mesma. Nem que seja para nos conseguirmos identificar naquilo em que nos tornámos, ou para deixar que os outros nos identifiquem. Vamos pensar que sim.
Foi essa a sensação que ontem tive ao tornar ao passado ao mesmo tempo que vivia o presente.
Agora já percebo porquê que as pessoas me diziam que eu mudei. Mudei superficialmente, mas felizmente ainda me identifico comigo mesma, aquilo que sou continua em conformidade com aquilo que fui.