terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Negra a sina.

Eu já sabia o que esperar, após tanto tempo eu sabia que não mudavas, era impossível.
Quando vi as lágrimas que caiam, pesadas, cheias de tudo o que causaste, não fiquei indiferente. Não! Já tinha adiado este assunto tantas vezes, tinha ensaiado as conversas, com que argumentos te devia tomar...Hoje foi diferente.
Após o telefone ter caído, peguei no casaco e saí porta fora com o coração a querer rebentar de tanta raiva, que tu conheces tão bem.
Chovia, corri pela rua fora até te encontrar, eu sabia o que te dizer, mas desta vez sem ensaios, sem fingimentos. Dirigi-me a ti, sem medos, sem preocupações, a saber que, no final, eu não me iria arrepender, sabia que após de dar voz à minha raiva, eu me ia sentir mais leve. Foi o que aconteceu. Vim-me embora, e não chorei, não me arrependi, deixei que a chuva me lavasse tudo, que me libertasse da alma, a chuva foi as lágrimas que nunca chorei porque sabia que não me serviria de nada chorar.
Tive pena de ti, pobre coitado, que não percebes o mal que fazes.
Negra é a tua sina.

1 comentário:

  1. Podia escrever aqui muita coisa! Coisas com ou sem sentido! Mas tu disseste tudo! Mostraste mais uma vez ser a Bia, a BIA! Talvez não tenham encarnado em ti, não! :)
    *aplauso que as velhas deviam ter dado*

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