quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O nada

Sinto falta, falta de ser criança, de ter de me preocupar onde tinha deixado os lápis espalhados, ou se tinha perdido o meu brinquedo preferido. Hoje já não faço desenhos, já não acredito em príncipes nem em princesas e na minha vida existem mais cores do que aquelas que nos fazem sorrir.
Cresci, quem me dera não o ter feito, se pudesse ficaria num estado de dormência, apatia e tranquilidade...nunca julgaria os sorrisos, os gestos de bondade, nunca mais chorava a não ser se não soubesse das minhas bonecas ou com medo do escuro.
Tal como antes, tu não estás presente, falta qualquer coisa...mas a vida ensinou-me a pintar com outras cores, já não vês as minhas lágrimas...choro enquanto os meus olhos estão secos e sorrio quando quero chorar, também já não grito...o meu grito é o silêncio, é isso que ouves. O nada, o frio, o vazio, é isso que sentes, tal como eu.
Tomara que te sintas sempre assim, para saberes como sou, ao que venho e ao que vou...é triste, mas é verdade!

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