Não se pode confiar nele, sempre que encontramos alguma estabilidade ele chega com os seus truques, depois é como se nos cantasse baixinho ao ouvido e nos embalasse numa realidade tão linda, quase perfeita, no entanto toda ela utópica. Não passa de um conto de fadas efémero que logo passa e nos magoa, faz com que voltemos à nossa realidade cinzenta e amarga, põe-nos de novo os pés no chão depois de termos voado tão alto e sermos tão livres.
É certo que não escolhemos, mas podemos evitar de nos magoarmos de entrar nesse conto de fadas e construir barreiras...talvez fosse o melhor a fazer. O pior é quando elas já estão derretidas ao som de belas canções, de jogos de palavras profundos e suaves, nessa altura já não se pode voltar atrás...e quando o sonho acaba, resta-nos pegar no que restou das nossas barreiras e tentar construir outras a partir das nossas lágrimas...e esperar, para serem derrubadas de novo. Parece que o coração já não aprende...
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